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Sobrecarga e saúde mental: líderes de RH enfrentam maiores jornadas e desafios

Estudo revela que profissionais da geração X são os mais afetados pela pressão no ambiente corporativo Os profissionais de Recursos Humanos (RH) no Brasil estão enfrentando uma realidade desafiadora: longas jornadas e altos níveis de sobrecarga mental.

Atualizado em 23/01/2025 às 10:01, por Redação.

Estudo revela que profissionais da geração X são os mais afetados pela pressão no ambiente corporativo

Os profissionais de Recursos Humanos (RH) no Brasil estão enfrentando uma realidade desafiadora: longas jornadas e altos níveis de sobrecarga mental. De acordo com a pesquisa Panorama da Saúde Emocional do RH, realizada pela Flash, os RHs da Geração X, com idades entre 43 e 63 anos, são os mais propensos a trabalhar mais de 10 horas por dia — essa geração é a única que relata enfrentar jornadas superiores a 12 horas diárias.

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O estudo, que ouviu mais de 900 profissionais do setor, indica que a sobrecarga não é apenas uma questão de volume de trabalho. Cerca de 48% dos respondentes da Geração X ocupam cargos de supervisão, coordenação ou gerência — posições que demandam uma atuação mais estratégica. Esses líderes enfrentam as maiores pressões organizacionais, sendo responsáveis por alinhar metas corporativas às demandas de equipes, muitas vezes reduzidas devido a cortes operacionais.

Entre os respondentes que afirmaram ter enfrentado algum problema de saúde mental no último ano, destaca-se a presença significativa de líderes: 65% dos RHs apontaram algum transtorno emocional, como ansiedade (42%), falta de motivação (16%) e burnout (4%). Entre eles, supervisores e gerentes, em particular, estão entre os que mais sofrem pressão diária, com 24% e 22%, respectivamente, afirmando vivenciar tal condição regularmente.

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A situação é agravada pela insuficiência de suporte oferecido pelas empresas: só 40% dos respondentes afirmaram receber algum benefício ou incentivo voltado para a saúde emocional. “Quando o RH não consegue lidar com sua própria saúde mental pode perder a confiança da liderança e dos colaboradores, impactando sua capacidade de atuar como parceiro estratégico. Um RH doente compromete a sustentação de uma cultura saudável, que engaja e retem talentos. Negligenciar esse aspecto pode comprometer o desempenho organizacional como um todo”, afirma Isadora Gabriel, diretora de Recursos Humanos na Flash.

Outra pesquisa realizada pela Flash, desta vez em parceria com a Think Work Lab, mostrou que 38% do tempo de trabalho semanal dos RHs é consumido por tarefas repetitivas ou burocráticas. Intitulado Transformação Digital no RH, o estudo aponta que a tecnologia pode ser uma importante aliada para melhorar esse cenário.

Na visão dos profissionais da área, até 35% do tempo gasto com atividades monótonas, que sugam a energia criativa e têm impacto na saúde mental, poderia ser eliminado com integração de sistemas e o suporte adequado de tecnologias como inteligência artificial (IA), liberando espaço para ações de maior impacto.

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Segundo os pesquisadores da Think Work, knowledge tech voltada para profissionais de RH, esse  recuo de 35% em atividades estritamente operacionais  se traduziria em um ganho potencial de 13% em produtividade. No entanto, a resistência cultural e a falta de expertise permanecem como barreiras significativas para o uso da tecnologia, com cerca de 40% das empresas entrevistadas ainda não tendo iniciado nenhum movimento prático em direção à digitalização do RH. “Adotar tecnologias avançadas no RH é um alívio estratégico para as organizações. Ao automatizar processos repetitivos e oferecer insights precisos, libera tempo para que os profissionais foquem no que importa – transformar dados em decisões, impulsionar o engajamento e alinhar pessoas aos resultados do negócio.  Isso não apenas aumenta a produtividade, mas também cria um ambiente de trabalho mais saudável”, diz Isadora Gabriel.

Sobre a pesquisa

O Panorama da Saúde Emocional do RH 2024 foi conduzido pela Flash com 924 profissionais de RH de 30 setores diferentes em todo o Brasil. A pesquisa buscou identificar os principais desafios enfrentados pela área e apontar caminhos para a construção de ambientes de trabalho mais equilibrados e inovadores.

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