Ser pai vai muito além de estar presente no parto ou tirar algumas noites de sono nos primeiros meses do bebê. A paternidade começa antes — começa no momento em que o homem decide se preparar, buscar conhecimento e entender que ele também tem um papel ativo, afetivo e transformador nessa nova fase da vida.

Por muito tempo, os homens foram ensinados a acreditar que "ajudar" já era o suficiente. Mas o que a mãe realmente precisa não é de um ajudante, e sim de um parceiro preparado, consciente e disponível. Alguém que entenda o peso físico e emocional da gestação, que saiba o que esperar do puerpério e que, principalmente, não fuja quando as emoções transbordam. Buscar conhecimento é o primeiro passo.

Ler sobre o desenvolvimento do bebê, entender as fases da gestação, conhecer os sinais da depressão pós-parto, aprender a trocar uma fralda ou acalmar o choro. Não se trata de ser um especialista, mas de estar disposto. Isso mostra cuidado, empatia e comprometimento. A preparação também fortalece o vínculo com a parceira.

Quando o homem entende o que está acontecendo, ele se torna um apoio real, e não um peso extra. Isso reduz a sobrecarga da mãe, melhora a comunicação do casal e cria um ambiente mais seguro para o bebê chegar. A verdade é que nenhum pai nasce pronto. Mas todo pai tem a chance de se tornar presente, afetuoso e participativo — desde que escolha esse caminho com responsabilidade. Não é sobre perfeição. É sobre intenção. E a melhor forma de demonstrar amor por um filho é estar preparado para recebê-lo de corpo inteiro, mente aberta e coração disponível.

Paternidade não é instinto, é aprendizado. E quem aprende, transforma.

Um abraço do Papi Vero"
Duda Scain