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Raiva e estresse: dupla perigosa para o coração, dizem médicos

Cardiologista e psicóloga explicam como emoções intensas aumentam o risco de arritmias e infartos e indicam estratégias para prevenção

Atualizado em 26/09/2025 às 19:09, por Jaqueline Falcão.

Raiva e estresse: dupla perigosa para o coração, dizem médicos

Estresse e saúde não combinam! cuide-se

A saúde mental é hoje o principal problema enfrentado pelos brasileiros, segundo o relatório World Mental Health Day, que mostra que 54% da população se preocupa com o tema e 77% já refletiu sobre a importância de cuidar da mente. Especialistas alertam que emoções intensas, como estresse e raiva, podem impactar diretamente o coração.

De acordo com a cardiologista Tati Guerra, professora de Medicina do UniBH, esses sentimentos aumentam a liberação de hormônios como noradrenalina e adrenalina, que ativam o sistema nervoso simpático. “Isso provoca elevação da frequência cardíaca, da pressão arterial e pode desestabilizar os cardiomiócitos (células cardíacas)”, explica. Em casos extremos, ela acrescenta, pode ocorrer espasmo coronariano, levando à isquemia ou até a quadros semelhantes a infarto, como na síndrome de Takotsubo, conhecida como “coração partido”.

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Já a psicóloga e psicanalista Camila Grasseli, também docente do UniBH, destaca que emoções não resolvidas tendem a se acumular. “A raiva e o ódio podem permanecer vivas dentro de nós quando não lidamos com elas ou as escondemos ‘debaixo do tapete’”, afirma.

Para prevenir esses efeitos, Grasseli recomenda atividade física regular, técnicas respiratórias, sono de qualidade e organização da rotina. “Uma prática simples sugerida é ajustar a rotina. Sair, por exemplo, 10 minutos mais cedo para evitar trânsito, o que requer acordar 15 minutos antes, pode garantir menor desgaste emocional ao longo do dia”, orienta.