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Dia Mundial da DPOC reforça alerta sobre avanço do tabagismo e necessidade de diagnóstico precoce

O uso crescente dos cigarros eletrônicos (vapes) é preocupante, dizem especialistas

Atualizado em 17/11/2025 às 17:11, por Jaqueline Falcão.

mulher de costas e fumaça de cigarro

Tabagismo  é fator de risco para  DPOC

No mês em que se celebra o Dia Mundial da Doença Pulmonar Obstrutiva Crônica (DPOC), especialistas reforçam o alerta para o avanço do tabagismo no Brasil e a importância do diagnóstico precoce da doença, que afeta mais de 300 milhões de pessoas no mundo. A DPOC, resultado da combinação de bronquite crônica e enfisema pulmonar, é caracterizada pela obstrução persistente das vias aéreas e já figura entre as principais causas de morte no país e no mundo.

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Segundo o pneumologista Dr. Roberto Stirbulov, coordenador da comissão de DPOC da Sociedade Brasileira de Pneumologia e Tisiologia (SBPT), sintomas como tosse frequente, falta de ar e produção de catarro seguem sendo negligenciados, o que dificulta a detecção precoce. Ele destaca ainda que as exacerbações — crises agudas da doença — têm impacto direto na piora clínica. Para o especialista, “uma exacerbação moderada a grave dobra o risco de infarto do miocárdio e aumenta em mais de duas vezes o risco de morte nos cinco anos seguintes”.

O cenário se agrava com o aumento de 25% no número de fumantes registrado no Brasil em 2024, segundo o Ministério da Saúde, revertendo uma década de queda. O tabagismo é o principal fator de risco para o desenvolvimento da DPOC, que pode afetar até 7 milhões de brasileiros. Para Bernardo Maranhão, pneumologista e gerente médico da GSK, abandonar o cigarro e manter acompanhamento regular são medidas essenciais. Ele alerta que cerca de 70% dos pacientes desconhecem que têm a doença. “Esse dado do Ministério da Saúde sobre o aumento do número de fumantes nos preocupa demais, pois estamos indo na contramão. Esse número deveria regredir e não aumentar”, afirma.

 

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Preocupação com o Vape

Um novo hábito preocupa os especialistas: o uso crescente dos cigarros eletrônicos (vapes), sobretudo entre adolescentes e jovens adultos. Roberto Stirbulov pontua que já há estudos que mostram que o vape contém substâncias tóxicas e potencialmente cancerígenas que podem causar inflamações e danos graves aos pulmões. “

O cigarro eletrônico não é uma alternativa segura.

Dr. Roberto Stirbulov

Ele também pode causar dependência de nicotina e acelerar o surgimento de doenças pulmonares em jovens” , finaliza o médico.

Hábitos importantes para o controle da DPOC

Abandonar o cigarro e evitar exposição à fumaça e poluentes.
Praticar atividade física regularmente, respeitando as orientações médicas.
Manter as vacinas em dia, especialmente contra COVID-19, gripe e pneumonia, para reduzir o risco de complicações.
Seguir corretamente o tratamento prescrito, que pode incluir medicamentos inalatórios para melhorar a função pulmonar.
Adotar uma rotina saudável, com alimentação equilibrada e hidratação adequada.